As doenças e o Messias: Como as curas de Jesus demonstram sua identidade
Ao pôr do sol, o povo trouxe a Jesus todos os que tinham vários tipos de doenças; e ele os curou, impondo as mãos sobre cada um deles.”
Lucas 4.40
Uma das marcas do ministério do Messias profetizado era a cura e libertação das enfermidades. As doenças são resultado do pecado do homem que gerou a morte para todos após Adão (1Co 15.21a). O Cristo viria para esmagar o pecado e libertar o homem (Gn 3.15), logo, a cura das doenças seria um sinal dessa grande vitória sobre a morte e ainda revelaria a identidade do Ungido de Deus (Is 53.4 e Is 61.1-2).
Existe no Antigo Testamento diversos relatos de curas sobrenaturais de Deus em meio ao seu povo (1 Reis 17.21-22; 2 Reis 5), porém, jamais na quantidade e no poder que ocorreram no ministério de Jesus.
Por conta das condições de vida precárias daquela época, havia muitos doentes. Eram comuns enfermos como cegos, coxos, mudos, surdos, deformados e leprosos. Essas doenças poderiam derivar de vários fatores como falta de tratamento médico, complicações natalícias ou doenças contagiosas.
Entretanto, as doenças nos dias de Cristo não envolviam apenas questões médicas, mas também sociais e religiosas. Leprosos, por exemplo, além de seu diagnóstico grave, eram excluídos do convívio social (por prevenção) e também da vida religiosa, pois eram considerados impuros pela lei de Moisés (Lv 13). A hanseníase era um símbolo de maldição. Era também do imaginário popular que os doentes e deficientes estavam recebendo algum tipo de punição por seus pecados ou pelo pecado de seus pais (Jo 9.2). Questões como essas levavam os enfermos comumente a uma vida de mendicância e miséria.
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Compreendendo este cenário, podemos visualizar com maior clareza o relato dos evangelhos que demonstram Jesus curando todo tipo de doença. Jamais houvera notícia de algo semelhante às curas de Cristo. Ele curava cegos de nascença, coxos, surdos, mudos, epiléticos e todo tipo de doente. Fosse através do toque de suas mãos, ou mesmo de uma ordem de sua boca, os enfermos eram completamente sarados. Os cegos viam, os mancos andavam e os mortos ressuscitavam.
A compaixão e poder manifestos no ministério do nazareno anunciavam a sua identidade messiânica. Suas curas milagrosas não apenas cumpriam as profecias a seu respeito, como também da chegada do Reino de Deus. Aquele era um prenúncio da vitória do Senhor sobre a morte e o pecado. Em seu Reino não há lugar para doença, pois sua raiz foi vencida na cruz do calvário. Aquele que dava vista aos cegos é o mesmo que oferece a vida eterna gratuitamente.
É interessante notar que quando Jesus curava um leproso, a palavra usada pelos evangelistas é “purificava” ou “tornava limpo”. Essas expressões são propositais, pois denotam que ele não apenas cura o corpo, mas purifica o espírito. Os efeitos da lepra são muito parecidos com os do pecado. A falta de tato e sensibilidade, as deformidades e o distanciamento social ilustram, de certa maneira, os efeitos do pecado do homem em relação a Deus. Logo, Jesus é apresentado como aquele que toca e toma para si a doença e a maldição tornando limpo o pecador.
Quem tocava um leproso era considerado impuro perante a lei. Cristo é tão puro que ao tocar o impuro não se torna como ele, pelo contrário, o purifica.
Jesus é o Cristo não apenas porque ele pode operar grandes milagres, mas porque ele manifesta a realidade do Reino de Deus. Nesse Reino não há doenças, muito menos pecado.
Jesus é a cura.
Por Leonardo Vieira – Missionário do Livres
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