Devocional: Significados que vão além dos seus valores numéricos
Você seria capaz de entender o porquê algumas pessoas deixariam de sair de casa, na sexta-feira 13?
Da mesma maneira que você entenderia o porquê alguns optariam pelo 12° andar ao 13°, e porque alguns homens teriam a preferência de se sentar na cadeira 25 e não na 24.
Na nossa cultura, alguns números carregam em si significados que vão além dos seus valores numéricos. Assim, também, era nos tempos antigos. Como bem percebemos, a Bíblia é cheia de números que carregam muito mais do que valores numéricos.
Por exemplo, o número 7, que foi mencionado há dias. O número 3, o 4, o 10. O número 12, que é fácil perceber a sua relação com o povo de Deus. 12 tribos, 12 discípulos.
Além disso, os múltiplos também carregam significados equivalentes. Na genealogia de Jesus, são 3 gerações de 14. 14=7×2.
Interessantemente, no livro de Apocalipse, os números são bem presentes. E, em se tratando de uma visão, e de uma visão narrada por meio de um gênero literário conhecido pelos primeiros receptores (o apocalíptico), os números, claramente, carregavam muito além dos seus valores numéricos.
São 7 igrejas, 7 candelabros, 7 estrelas, 7 espíritos de Deus. 7 espíritos de Deus?
Não foi à toa que alguns dos nossos heróis da história do Cristianismo tinham profundos sentimentos contra o livro de Apocalipse. É um livro carregado de símbolos que faz necessário o entendimento da cultura da época.
Diante disso tudo, o que significaria perceber que “apenas” 144 mil teriam recebido o selo da salvação de Deus em Apocalipse? Será que, como creem alguns, na Nova Jerusalém não haveria espaço para 144.001?
Quando o meu filho tinha 3 anos, tudo que pra ele representava um grande valor, o número 200 mil não saia da boca dele. “Eu quero 200 mil chocolates!” Era a sua cultura.
Na cultura judaica da época, qual era o número que representava um alto valor? Mil. E 144 mil é 12x12x1000.
Ou seja, o valor real numérico da totalidade do povo de Deus é bem superior.
Existe espaço para mim e pra você̂ na Nova Jerusalém!
Por Juliano Son, presidente do Livres
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