Na Astronomia, existe o conceito de universo observável que corresponde ao tamanho estimado do universo a partir do que temos conhecimento. De acordo com os estudos mais recentes, calcula-se que o que podemos conhecer do universo possui o tamanho de 93 bilhões de anos luz aproximadamente.
Para compreendermos melhor o que isso significa, temos que saber que 1 ano luz corresponde a 9.461.000.000.000 Km (nove trilhões, quatrocentos e sessenta e um bilhões de quilômetros). Multiplique isso por 93 bilhões e você terá o tamanho do universo conhecido. Deixando ainda mais claro, se movendo na velocidade da luz, seria possível viajar do Brasil para o Japão mais de oito vezes por segundo.
O universo é grande. Grande como não se pode imaginar.
Essa informação pode ser assustadora. Mas não se compara com a afirmação na boca do antigo rei Salomão:
“Mas será possível que Deus habite na terra? Os céus, mesmo os mais altos céus, não podem conter-te. Muito menos este templo que construí!”
1 Reis 8:27
O sábio filho de Davi não conhecia nada sobre a velocidade da luz ou medições em parsecs, porém, sabia certamente que Deus é grande. Ele havia lido que o Senhor criou tudo o que há a partir do nada (Gn 1.1) e que dele são os céus e “até os mais altos céus” (Dt 10.14). Ele podia olhar para cima, contemplar a imensidão e dizer que seu pai estava coberto de razão quando escreveu “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos” (Sl 19.1).
Poderia, então, um templo, por mais grandioso que fosse, servir de morada para este Deus? Como poderia se Ele mesmo diz que 93 bilhões de anos luz não são o suficiente para o conter (Jr 23.24)?
Não é à toa que o famoso Agostinho de Hipona começa seu livro Confissões justamente com essas palavras: “Sois grande Senhor, e infinitamente digno de ser louvado”. O bispo também se maravilhou com o lindo paradoxo do Deus infinito habitando entre nós e declarou mais adiante: “Para que lugar, fora do céu e da terra, me retirarei, a fim de que venha depois a mim o meu Deus, que disse ‘Encho o céu e a terra’?”.
Poderíamos não fazer eco às palavras do filósofo que dizem: “o homem, fragmentozinho da criação, quer louvar-Vos”? O que é o homem diante daquele que conta as mais de 10 sextilhões de estrelas e ainda “as chama pelo nome” (Sl 147.4)?
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Deus é grande. Grande como não se pode imaginar.
Mesmo assim, Ele é aquele que “defende a causa do órfão e da viúva” (Ex 22.22-24). Esse é o mesmo Deus que tem contado os fios de cabelo da cabeça dos seus e que ouve quando seu povo ora (Mt 10.30; 2 Cr 7.14).
E como se tudo isso já não fosse impressionante o suficiente, aquele que não cabe em 93 bilhões de anos luz, o próprio Filho de Deus, se fez menino, cresceu, ensinou, sofreu, foi crucificado e ressuscitou dos mortos para que Ele pudesse habitar em nós e nós nele (Jo 14.23).
Deus é grande. Grande o suficiente para não caber em 93 bilhões de anos luz, mas mesmo assim nos fazer habitação de seu Espírito (1 Co 3.16). Como então não glorificar a Deus dizendo “Cristo em mim, a esperança da glória” (Cl 1.27)?
Para o Senhor somos pequenos como 93 bilhões de anos luz perante Ele. Ainda assim Ele “amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
Depois de o conhecer, simplesmente não dá para olhar para cima e não dizer “Os céus declaram a glória de Deus”.
Por Leonardo Vieira – Missionário do Livres
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